sábado, 31 de dezembro de 2011

2011, meu 2011

É 2011, seu safado. Vai saindo de fininho depois de ter revirado a vida da gente.

Não vou falar que você foi o melhor ano da minha vida, porque não foi, mas também não foi dos piores não.
Pelo contrário, soube me encher de coisa boa e novidade, apesar dos sustos e dos mal feitos.

Comecei o ano com uma meta: que meus estudos dessem certo e que o resto fosse em tons pastéis. Sem emoção, sem surpresas boas e ruins. Que 2011 passasse rápido e sem dor.
Bem, não foi bem assim.

Alguns primos casaram, e teve até bebê novo na família.
Estou ficando velho e sei disso.
Mas o ano ficou marcado pela despedida de amigos.

Amigos que se formaram em janeiro, cujo a formatura foram dias incríveis de um até logo.
Amigos que saíram do país.
Amigos que se mudaram, e se mudaram de novo, deixando noites de caipixirica na memória.
Amigos que se formaram em julho e deixaram não apenas um vazio em Viçosa, mas na minha alma.
Um vazio que estamos trabalhando sobre.

Mas vamos volta ao assunto inicial.
Esse foi meu sexto ano de Arquitetura, o ano extra de UFV. O ano do resultado de 5 calculos e 4 mecânicas.
Foi o ano de colher frutos.
Frutos de ter sido reprovado tantas vezes.
Frutos de ter me ajeitado, e corrido atrás nos últimos anos, e dar conta de formar.
Esse foi o ano que eu tive que dar conta.

Dar conta de fazer Lauro, Gustavo, Délio e José Maria de uma só vez! E passar!
Ano de priorizar os estudos e fazer menos estágios (não foi bem assim).
Ano de largar a vida social de lado (também não foi bem assim).

Deixei a EJ, mas a Tetu não me deixou. Apesar de não estar na diretoria, aquilo ali fazia parte de mim, e tentei seguir no MEJ, fazendo o que eu podia.

Foi o ano do orgulho e decepção com ICMS. Patrimônio é legal, mas não quero mexer com essa área dessa maneira.

Foi o ano de voltar pro estágio da Prefeitura, que apesar de já ter ficado lá um ano, se mostrou diferente e divertido. Agora com café!

Foi o ano de arrumar um estágio extra na loja de materiais de construção pra pagar as contas.

O primeiro semestre foi tenso. Tive que conciliar 5 matérias que me exigiam tempo e estudo, com a vida social de despedida dos meus amigos que se formariam em julho.
Reciclando, reutilizando e estudando durante o estágio, me surpreendo ao pensar que consegui ir em tudo e mais um pouco. De degustação a assembleias alheias, de cervejadas a esquentas na casa de todo mundo.
Isso porque ainda tinham as festas da minha comissão!

2011 foi um ano que teve dois semestres tão diferentes um do outro.
No primeiro eu estava abarrotado de estudos e tinha toda minha aqui na cidade.
O segundo eles já não estavam mais e minha unica preocupação era o TFG.
O primeiro não tinha Leão, o segundo tinha Leão de terça a domingo.

Larguei esse blog meio de lado. Não significa que parei com minhas reflexões que não levam a lugar nenhum, mas eu estava fazendo elas sozinho.

Voltei pra academia.
Larguei a academia.

Me dediquei a tirar fotos Kello.
Viajei pouco, mas viajei com gosto. Fiz turismo até os 40min do segundo tempo.

A maior alegria do ano foi ver que eu iria formar.
A maior tristeza foi ver que eu iria formar.

Haja reflexão!

Foi um ano de guinada, mas o carro continua a rodar e não sei onde vai parar.

Não sou bom pra lembrar das coisas, mas de 2011 guardo:
O último quiz no sabor e companhia.
O orgulho de ver meus amigos entrando na formatura de janeiro.
Ano de trocar o sofá do Agra pelo sofá verde com vista pra UFV.
Muitas assembleias de comissão de formatura. Alguns barracos que ficarão pra sempre no meu coração.
Muitas despedidas.
Exaltasamba e Rita Cadilac.
Quatro cervejadas, cada uma com sua peculiaridade, e Festa da Espuma.
Minhas terdes de ócio na loja.
Minhas noites no Leão. Muitas noites no Leão.
Ser assediado pela Juliana Paes na parede.
Ir parar no Flor 1h.

Pode não parecer, por que eu passo a maior parte do tempo correndo, mas levei o ano devagar.
Deixei fluir, mesmo que com um mínimo de controle.
Talvez eu tenha cometido erros.
Pensado demais.
Previsto demais.
Controlado demais certas coisas.
Mas sou não deixar oportunidades passarem sem me deixarem algo. Ao menos algo eu tirava delas.

Não mudei como ser humano.
Mudei meu status sócio-econômico de estudante para problema social.
Não mudei meu modo de pensar.
Mudei meu modo de agir.

Que bom que 2011 não passou em branco.
Que bom que eu vivi 2011.
Que bom que meus estudos deram certo.
Que bom que o resto da minha vida deu certo.

Não foi um ano revolucionário, mas foi um ano que valeu a pena.
Valeu a pena não só pelo que aconteceu comigo, mas pelo que aconteceu com as pessoas ao meu redor.

Termino o ano feliz por meus amigos e família serem pessoas diferentes, melhores, mais experientes, afinal, pode parecer clichè, mas quem sou eu se não quem está a meu redor?

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O lugar é agora



Esse blog tá deixando de ser um blog de coisas inúteis e virando um blog mimimi sobre a vida. Mas o Armazém é meu e é isso que tem pra vender no momento.


Numa troca de mensagens, com uma dose grande de inesperado, numa confluência de promoção de passagem + economia do estagiário que vos fala, fui à São Paulo.
Oficialmente: visitar amigos. Extra-oficialmente: tirar uma má impressão.

Quem não se lembra da minha desventura de abril de 2008.
Excursão com a turma de Arquitetura: Teatro Municipal, musical no Alfa, FAU-USP, Catedral da Sé e um BO.



Foi uma viagem e tanto, mas tinha visitado lugares que não fazia questão e deixado de lugares que eu queria. Tinha deixado de ir ao Shopping. Tinha fixado uma impressão que se resume numa frase: escada com cheiro de xixi.

O mais engraçado é que nesse final de semana passei pelos mesmos lugares, vi de onde vem o cheiro de xixi da escada, mas a impressão foi outra.
Uma outra SP.

Uma cidade, enorme, em que tudo fica longe.
O "logo ali" de paulistano significa: 1h de distância.

Uma cidade cheia de cheiros: desde o de esgoto do Pinheiros ao de uma lojinha de cosméticos no shopping.

Uma cidade em que o metrô parece confuso, mas se faz divertido. Onde a arquitetura se apaga no meio das informações. Onde os motoristas buzinam uns para os outros, mas acham necessário o tempo parado no trânsito para colocar os afazeres em dia.



O que faz o lugar é o ponto de vista, que muda com o tempo.
Muda quando você muda.
São os amigos, a companhia.
É o abacaxi que adoça a tarde e o café gelado em doses gigantes.

O que faz o lugar não é o espaço em si, mas o que você faz nele.
Eu fiz uma SP diferente de 2008.
Agora quero refazer outros lugares. Outras impressões.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Queijos, vinhos e despedidas

Sim, este é mais um post sobre final de curso.
O que eu posso fazer?
Fiquei na UFV por quase seis anos, tenho muito a refletir no final.

Não sei se acontece em todos os cursos, em todas as faculdades, mas a minha turma de graduação foi especial.
Quando entramos lá em 2006 ninguém conhecia ninguém.
Fomos aos poucos descobrindo grandes amigos e afinidades.

Claro, sempre existem os grupos das pessoas mais afins entre sim, mas não existia panelinhas fechadas.
Não existia brigas internas, picuinhas. Todos interagiam com todos.
Todos eram convidados para a república de todos.
Todos poderiam sentar atrás no ônibus.
Todos dançaram a macarena e brincaram de big brother.
Todos ajudavam os outros a acabar com a salada no RU.

Minha turma tinha um relacionamento tão bom que quando procurávamos problemas, era difícil encontrar.
Nenhum motivo pra briga era suficiente pra causar separações.

Quando alguns alunos decidiram se formar em Julho, lá se foi um grupo enorme fazer o mesmo.
Acho que nunca se formou tanta gente no meio do ano como 2011.

Queríamos ficar juntos ao máximo.
Queríamos abrir escritórios de arquitetura, viajar pelo mundo, promover rallys e ser empresários da noite.

Claro, eu sobrei para formar agora.
Foi triste, sim.
Mas me deu novas oportunidades.
Pude ter visões diferentes.
Pude valorizar o que eu tive e ganhar ainda mais.

Ganhar mais amigos de diferentes anos e cursos.
Ganhar novas experiências profissionais, acadêmicas e pessoais.
Pude ir a Festa da Espuma.

Pareceu muito difícil lá atrás, mas hoje vejo que envelhecer, saber esperar, faz parte.
Não adianta correr. Todos tem seu tempo de "maturação", crescimento.
O que importa é que no final, não sei quando, temos de saber aproveitar os queijos e vinhos que deram tanto trabalho de serem produzidos.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Agradecimentos da minha banca de TCC

Quando entrei na Arquitetura eu não sabia de nada, não entendia de nada, mas uma coisa eu tinha certeza: iria fazer uma prefeitura para Viçosa no meu Trabalho de Curso.

A ideia mudou, evoluiu, se modificou, e é muito engraçado perceber que quase 6 anos depois estou aqui realizando isso.

À Deus, sendo clichê, mas que na minha falta de tempo de ir a um psicólogo, eu não teria chegado aqui.

Aos meus pais, que souberam me apoiar sempre que precisei.

À família da minha mãe que terá o orgulho de ter mais um neto formado.

À família do meu pai que terá seu primeiro membro com terceiro grau.

Ao Ítalo, que mesmo eu parecendo louco, me escutava e batia altos papos durante as orientações, nesse ano e meio.

À Teresa e Aline, que estiveram presentes durante o processo, e com quem sempre pude trocar ideias e ter segurança.

À Raquel Braga que aceitou estar aqui hoje e participar desse momento que é muito importante pra mim.

Ao meu gastro, Dr. Flávio, que nesse segundo semestre teve que me agüentar em muitas consultas reclamando da minha gastrite.

Aos meus amigos de longa data: Mônica, Mariana, Rodrigo, Leônidas, Fernanda e outros, que me apoiaram e souberam esperar pacientemente a minha vez, me deram caronas para visitar meu terreno e participaram do meu álbum Kello.

Aos meus amigos de longe: Robson e Luiz Fernando, que agüentaram minhas reclamações e opinaram toda vez que eu mandava pra eles foto da maquete no meio da madrugada.

Aos meus amigos da Arquitetura: Racchel, Flávia, Líllian, Marcella, entre outros, que souberam mudar a minha vida e transformar os últimos 6 anos nos melhores da minha vida.

À Ana Beatriz, que me alimentou, deu café e deixava eu cochilar no seu sofá durante todos esses anos.

Aos meus amigos da Macarena, o povo da Comunicação, que fizeram os melhores churrascos, dias na piscina, tardes de filme, quis no Sabor e Companhia e programas culinários que alguém poderia participar.

Ao Leonardo e Gustavo, que vieram da Engenharia Química aos 30 minutos do segundo tempo e mudaram o meu ano.

Aos meus amigos do Secretariado, Alimentos, Computação, Nutrição, Floresta, Cooperativas, História, Geografia, Letras, Produção, Mecânica, Bioquímica, etc, que me deram a experiência única de um campus universitário como a UFV.

Ao Régis que faz a vida social da gente parecer fichinha.

Ao povo da Tetu, da CEEMPRE, ao MEJ-UFV, de antes e de agora, que confiavam em mim, colocavam meus pés no chão e me deram a oportunidade de crescer pessoalmente e não ter medo de tentar.

Ao Jader, por ter sido eu nas assembléias de formatura

Às minhas chefes da Secretaria de Cultura: Patrícia, Liliane e Cíntia, que me mostraram que a gestão pública é um amontoado de burocracia, mas que a gente tem que saber contornar e levar tudo com bom humor.

Ao Leão e ao Capelão, por me agüentarem de terça a domingo.

Enfim, a todos que passaram por mim e me acrescentaram algo. Que trombaram comigo na minha vida social, virtual ou acadêmica. A todos que me fizeram mudar de opinião e rever pontos de vista. A quem me disse não na hora certa.

A aqueles que acreditaram em mim. Obrigado.

Então é isso


Vivi momentos de tensão, de correia, de impaciência.
Quis fazer algo grande, algo simples.
Quis realizar um sonho.


Um sonho que talvez nem eu soubesse que tinha direito.

Quando em 2010 me mandaram escolher o tema do meu Trabalho de Graduação pensei em um Centro Cultural, em um Museu, eu uma Praça, em uma Intervenção Urbana, em um Parque, em uma Escola, talvez uma Rodoviária.
Na dúvida eu me lembrei da minha primeira ideia, da minha primeira vontade.


Pra que mudar os rumos se lá em 2006 eu já sabia o que queria?
A ideia mudou, evoluiu, cresce.
Assim como eu.

Queria fazer uma Prefeitura, mas fiz mais que isso.
Fechei um ciclo. Tive minha realização pessoal.

Acho que trabalhos finais são isso,
não apenas uma nota que confira a você um título, mas você provar pra você mesmo, acima de tudo, que é capaz.

O que fica hoje, depois da banca, é o sentimento de alívio, de dever cumprido.

Claro, já estava cansado com a correria do final de período, com aquela planta que você olha a meses.
Cansado do computador que não processa a maquete.
Cansado de colocar árvores e das coisas não saírem como quer.

A gente sempre busca o melhor.

O que fica no final é saber que tudo isso, trabalho final, sofrimento nas exatas, milhares de páginas de xerox lidas, dinheiros gastos... tudo isso.
Valeu a pena!

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Epílogo de uma noite mal dormida

Quem diria que eu iria voltar a escrever nesse blog.
Quando comecei ele lá em 2008 eu era um pirralho, menino pentelho, que só queria comentar o que vi na internet ou fiz no final de semana.

Postei links, fotos, falei de mim, da vida, desse mundo que muda a cada dia.
Virou um espaço de reflexões. Já pensei no azar, no amor, na minha cidade, na arquitetura, na família.

Eu mudei, esse blog mudou, a internet mudou.
Hoje não postaria novamente as fotos constrangedoras de 3 anos atrás.
Hoje não iria novamente aos mesmos lugares de 3 anos atrás.
Hoje mal escrevo no blog, como fazia há 3 anos atrás.

Hoje não tenho tempo. Ou digo que não o tenho.
Na verdade, por vezes falta tesão de parar pra pensar.
É tudo tão rápido. Na velocidade de um tuíte. Não há lugar mais pra textos com grandes reflexões.

Tive uma noite daquelas. Daquele tipo que você pede ajuda pra sua farmácia particular pra conseguir dormir.
Mas não consegui.
O tempo não passou.

Remoí um pouco da minha vida, um pouco desses últimos anos.
Tô na pior?
Não
Apenas estou no limbo de uma mudança.
Já tive outras, mas essa está um pouco mais doída.

No domingo fui caminhar com uma amiga. Caminhadas são mais que andar em círculos, para mim são horas de colocar as ideias no lugar.

Já tomei decisões difíceis, decisões erradas. O mais importante é saber perceber e não ter vergonha de voltar atrás.

Quando estava no Carmo, lá na década de 90, tinha toda minha vida traçada. Cada passo planejado.
Foi uma cilada!

Não dá pra planejar todas as decisões da sua vida.
Ela é cheia de esquinas e você não sabe o que tem quando dobra à direita ou esquerda.

Talvez minha primeira grande decepção foi receber uma bolada na Educação Física em 1998
(Ah, não, isso foi uma grande dor, não uma decepção)
Me decepcionei quando descobri que não amava inglês e que a matemática não me amava.
Me decepcionei quando cheguei em um novo dia de aula e o cachorro quente já não custava mais 1 real.
Me decepcionei quando não passei no Coluni
(Só viçosenses sabem o que é isso)
Me decepcionei quando eu passei no Coluni
(Sim, foi contraditório)

Quando entrei naquele colégio encontrei muitas esquinas pra virar, e nunca sabia o que tinha depois.
Não pude controlar o caminho.

Sai do Coluni para ser jornalista.
Me tornei Arquiteto.

Na verdade não me tornei, isso vai levar algumas horas ainda.

Mas eu quero chegar em um ponto.

Entre o final de 2005 e o início das minhas aulas em maio de 2006 eu tive muito tempo pra pensar.
Muito tempo pra planejar a minha graduação.
Planejei cada disciplina que eu faria.
Cada lugar que eu iria frequentar.
Cada estágio que iria fazer.
Cada amigo que eu faria.
Cada passo.

Planejei quem eu seria!

Cometi o mesmo erro de 8 anos antes!

Queria ser quem eu não era.
Me tornar um novo Luiz.
Da noite pro dia.
Queria aproveitar a guinada do ensino-médio para a graduação para fazer mudanças.

Mas a gente não muda sozinho.
A gente não muda da noite para o dia.
Só nós podemos nos mudar, mas não é por magia ou numa batida de sapatos que isso irá acontecer.

Quebrei a cara!

Forcei ser quem eu não era, até perceber que aquilo não era bom.
Eu não estava feliz.
Coloquei a culpa na Arquitetura.
Quis largar a Arquitetura.

Mas por mais que minha cabeça mandasse, meu coração já era daquele curso.
Não apenas queria aquele título, mas queria fazer parte daquilo.
Ter aqueles amigos.
Ser UFV - ARQ 2006.

Resolvi então apenas andar devagar.
Já que não poderia controlar o que tinha depois das esquinas, que eu não fosse tão afoito.
Que eu descobrisse o caminho aos poucos.

E que poucos.
Esses últimos anos, muitos últimos anos, pareceram uma eternidade.
Lembro do dia de 2006 que virei fazendo projeto.
O único da minha vida.

Lembro do dia em que quebrei azulejos na aula de plástica.
Lembro do aperto no coração por ter repetido cálculo pela primeira vez e da decepção pessoal que foi.
Lembro da alegria de 2,5 anos depois ter visto que eu passei.
Lembro do Vicente da Mecânica, do Tibiriçá do Comportamento Ambiental.

Hoje percebo que ninguém coloca pedras nos nossos caminhos.
Elas já estão lá!
Como transpô-las é uma decisão nossa, e quando fazemos por nossos próprios meios, muito mais vitoriosa é a conquista.

Lembro do final de 2008, quando resolvi viver a UFV, esquecer os planos, quebrar os retrovisores e seguir caminho sem se preocupar com o que tinha atrás ou o que vinha na frente, porque eu não estava sozinho.

Eu não estava sozinho!

E juntos, achei muitos juntos.
Encontrei amigos.

Amigos que me mostraram que me mostraram que os caminhos não são lineares, que eu posso virar muitas esquinas, basta olhar envolta.

Fui pra festas que nunca pensei em ir, passei madrugadas na biblioteca estudando, me meti em áreas que nem imaginava.
Fui Corel, fui Patrimônio, fui Viçosa e fui Rio Doce.
Fui Tetu e fui UFV.
Fui dinheiro e fui doação.
Fui meus chefes e fui meus amigos estagiários.
Fui a máquina de café da Diálogo.
Fui o Arquivo da Secretaria de Cultura.
Fui um janeiro chuvoso no setor de Projetos da UFV.
Fui a Creche da Paróquia.
Fui ABC.
Fui Nicoloco.
Fui Nenhum de Nós.
Fui Cervejadas e três formaturas!
Fui muitos ônibus.
Fui longas caminhadas da OMC para o PVA.
Fui Blog, fui Orkut, fui Twitter, fui Facebook.
Fui minha monografia.
Fui logotipos inúteis.
Fui o cara que dormia às 4h da manhã.
Sou o cara que dorme 9h da noite.

Não fui, eu sou.
Eu sou tudo isso!

Sou cada experiência que tive.
Cada amigo que encontrei.
Cada caco de cara quebrada.
Cada degrau que subi.
Cada quilo que engordei.
Sou os professores que me inspiram.
Sou o cara idiota que ri sozinho na internet.
O cara sério que pensa demais.
Muito demais.

Não estou pronto.
Nunca estarei.
Não sou quem eu pensava ser em maio de 2006.
Muito menos eu sou quem esperava ser em 1998.
Sou incerteza.

Acho que nunca serei algo, sempre vou continuar a mudar.
Afinal, eu mudei.
E não percebi isso.

Mudei de um menino miúdo que fazia palhaçadas no DAU, para alguém que pensa duas vezes antes de fazê-lo.
Talvez devesse pensar 3x.

Nessa época de final de ano, final de período, final de universidade, são muitas reflexões.
Muitas noites mal dormidas.
Muitas noites como hoje.

Agora são 7h da manhã e percebo que meu maior medo não é a banca final de mais tarde, mas sim o que ela representa.
Um aperto de mão.
Assim, só isso.

Um amontoado de coisas, fatos, mudanças, amigos, vida, um Luiz diferente, com um título.
Um título?

Isso que vai fechar a minha caixa de amigos, família, UFV, experiências?
Isso não tem a capacidade de fechar a minha caixa!

Não quero empacotar tudo e colocar na estante.
Quero continuar enche-la até que transborde!
E quando ela transbordar não vou trocar de caixa.
Quero que ela encha mais, que rasgue, que envelheça.

Mudei sim, mas sou o Luiz do passado, apenas com um punhado de mudanças.
Quero lembrar de onde vim, mesmo que ria ou fique sem graça.
O Luiz de hoje não é o mesmo, não posso encarar com esses olhos.

O Luiz de hoje não sabe onde vai.
Mas sabe tentar mais e errar mais.

Não quero sair da banca apenas com um título.
2029 dias depois quero sair sabendo que minha maior conquista não foi apenas um título, mas a grande experiência de vida que eu tive.

Se vou ser um grande, pequeno ou não ser arquiteto e urbanista, isso não sei agora.
Não sei o que tem depois da esquina.
Mas sei por onde eu passei.

Meus 2029 dias de UFV foram os melhores de minha vida e vou repetir pra quem quiser ouvir.
Isso ninguém me tira: As experiências que a gente não conta, mas carrega nos olhos.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Semáforos

Não se fala em outro assunto.

Desde que a atual administração municipal assumiu, há a intenção de tentar melhor o trânsito de Viçosa.
Vamos dar o braço a torcer: tamparam buracos, refizeram algumas calçadas e elaboraram projetos de mudança de sentido viário, sinalização semafórica e modificaram alguns cruzamentos.

Mas qual o trânsito que queremos?


O trânsito é formado pelos pedestres, ciclistas, motos, carros, caminhões, ônibus e outros meios de transporte.
A ideia é que todos convivam em harmonia.

No início do século XX os urbanistas viam nos automóveis as soluções para as grandes cidades. Malhas urbanas extensas ligadas por largas vias de trânsito rápido.
O problema é que esse modelo realmente estimulou o consumo de automóveis, muitos automóveis. Tantos que nem as vias largas os comportam mais.

Esse novo problema gerou mudança no modo de pensar.

As cidades crescem. É um processo natural.
Mas como as pessoas deve de movimentar na cidade?

A ideia mais interessante é que as pessoas tenham o trabalho e os serviços perto de onde moram, mas nem sempre isso é possível.

Como pensar a mobilidade, se já há um modelo consolidado, em que as ruas são para os carros? Como pensar a mobilidade numa cidade com vias estreitas e tortuosas, em que o carro é o principal meio de transporte? Há uma solução? Estamos fazendo as mudanças certas?

domingo, 10 de julho de 2011

Filmes

Se há um ano que deve ser chamado de decadência de filmes pra mim é estre, 2011.

Em 2009, numa época assim, já havia visto mais de 100 filmes, já este ano ainda estou na segunda dezena. Se pensar que 10 foram na semana pré-oscar, os índices confessam.

Mas tá complicado. Fiquei sem tv por um tempo. Fiquei sem tempo, pra tentar colocar minha vida acadêmica em dia. Fiquei sem saco de ficar 2h na frente de uma tela.
Os poucos filmes que vi foram no cinema.

Falando em filmes que vi no cinema; uma passada rápida no que não comentei.
Pânico 4 é muito bom! O formato tosco da virada da década funciona como o mais puro vintage auto-referenciado.
Thor tem efeitos muito bons, e tô aguardando continuação.
Piratas do Caribe 4, ainda funciona.
Se Beber Não Case 2, tem o humor caricato e exagerado. Sem piadas, e muitos gestos. Engraçado > absurdo.
X-Men First Class, tem cenários, figurino e efeitos ruins, mas uma linha histórica boa. Com muitos diálogos inúteis e objetivo demais. É bom, mas poderia ter explicado menos diretamente, e colocado mais nas entrelinhas.

Pra relembrar a época de bons links: Um curta!

Defective Detective from Cartoon Brew on Vimeo.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Olhando pra trás antes de seguir

Quanta coisa!

Sabe quando a gente começa o ano cheio de boas intenções?
Vou fazer isso e isso, não vou atrasar, meu dia terá rendimento de 30h...

Pois é, as coisas nem sempre acontecem assim.
A vida vai saindo do controle.
Você não sabe se prioriza a família, os amigos, o trabalho, ou os estudos.

Comecei a me enrolar nos estudos.
Não por falta de tempo, mas por ser muita coisa.
Há dois anos não fazia tantas matérias de uma vez.

Mas agora, terminado o período, vem uma sensação de alívio.
É minha gente, não é moleza ver uma nota vermelha no Sapiens e ter seu futuro acadêmico ameaçado.
De novo.

Mas agora a gente respira e tenta recuperar o pouco que existe de vida social e virtual.

Vamos em frente, que 2011 só está na metade!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Um punhado de coisas

O último mês foi empurrado com a barriga, como diria qualquer pessoa normal.
Tive provas, trabalhos e ainda não sei como está este semestre.

Formandos Arq e Urb Julho 2011

O que fez a diferença na última temporada foi adquirir múltipla personalidade e frequentar as assembleias, divulgações e sei lá mais o que da da Comissão de Formatura de Julho de 2011.

É isso, aí, teoricamente não tô me formando já não, mas quem liga?
A gente se esforça pra ter vida social do nosso jeitinho.

E falando em vida social...
ô custo de vida caro esse de Viçosa.
Ah 2009 que não volta mais...

Teve aniversários, teve Páscoa, teve MEJ e teve eu voltando pra academia.
Um assunto de cada vez.

domingo, 3 de abril de 2011

Fotos

A UFV tem lá suas tradições.
Tradição de ser de direita, de alimentar o país. Tradição de valorizar o passado e ter sua formatura unificada.

Formatura unificada, esta, que reza a lenda ser a última do país.
Tantos cursos, tanta gente, dá trabalho de se organizar. Mas vale a pena.

Imagens como a foto do Bernardão valem a pena!

E mais um pedação da minha turma se forma agora em julho.
Mantenho a promessa: aparecer nas fotos e ir as festas.
Assim seja!

Arq 2006 - parte II

Sábado, 7h da manhã.
Bons drink, bons amigos, bom humor e uma boa foto.

E que a próxima seja a minha... oficialmente.

E já diria um sábio:
Aprendam, fotogenicidade é inversamente proporcional ao álcool - @ElCaloron

É a mais pura verdade.
Não importa se os outros pensam que você está na pior, ou se realmente você está na pior. Na lama, ou na companhia de Devassa.

O que importa é que os momentos devem ser registrados, ou para se lembra pra sempre, ou para se lembrar no dia seguinte.


Super Cervejada dos Formandos Julho 2011

sábado, 26 de março de 2011

Viçosa toda

É oficial: conheço Viçosa toda!

Vista dos bairros Bom Jesus, Sagrada Família e Estrelas

A última tarefa da temporada lá no escritório de gestão cultural é refazer o Plano de Inventários de Viçosa.
Temos que colocar ordem na casa e arrumar o que não atende as expectativas do IEPHA.

Dentre os dados a serem colocados no Plano, deve ser realizada a caracterização de todo município, dividindo-o por áreas de pesquisa.

Aí que entra a parte de conhecer Viçosa.

Nas últimas semanas fui nos extremos do município, visitei os distritos, subi morros e visitei áreas que nem sabia que eram ocupadas.
Tem bairro de rico, de pobre, bairro sem praça e bairros super bem planejados.
Tem bairro em encostas e em vales.

A grande maioria das ruas são calçadas com pedra e estão em péssimo estado.
A via férrea é ignorada e serve de via rodoviária.
Tudo dá as costas para os rios. Ignorados.

Há pastos no meio da área urbana.
Há presídio no meio da área urbana.

Mas há coisas boas: creches, PSF's e muita criança.
ô cidade pra ter criança.

O negócio é que agora eu conheço Viçosa de Nova Viçoa à Novo Silvestres, Do São Sebastião ao João Braz.

Então, já cumpri mais um pré-requisito de campanha?

sábado, 5 de março de 2011

Sumi, o mundo continuou a rodar e voltei

Quase um mês sem net.
Nem falo o que andou acontecendo.

Passou o carnaval, o tempo desabou.
Foram cinco dias de chuva e festa. Bem, mais chuva que festa.

Não saí de Viçosa.
Não teve carnaval em Viçosa.

Teve umas confusões aí, fiquei sem computador, pra falar o mínimo.

As aulas voltaram.
Comprei um caderno do Batman, porque estava com Liga da Justiça na cabeça.
Nunca vou usar meu caderno do Batman.

Tô fazendo cinco matérias e só escrevo em uma!
Isso não vai prestar, já tô até vendo.

Fiz média com o professor, já matei aula e arrumei uma optativa que ó, é chata demais, mas tende a levar meu coeficiente de volta aos patamares da dignidade.

Não que nessa fase da graduação, coeficiente, sirva pra alguma coisa.

Teve festas e não fui.
Teve bares e fui.
Teve estágio sendo terminado por problemas externos.
Teve eu voltando pro estágio da prefeitura.

Isso mesmo galerinha, estou de volta à Cultura e Patrimônio.
Todo mundo fica feliz com isso.

Um mês depois ainda estou tentando pegar ritmo e ter uma visão do todo da minha agenda. Ainda nem sei onde tenho aulas direito.

Mas o grande passo, nesse mês, foi eu estar na comissão de formatura.
Não na coordenação, só comissão.
Mas isso significa uma coisa: vou formar em um ano.

Ao menos o plano é esse.

Teve umas confusões aí, umas coisas excusas, mas antes de terminar eu só quero pedir uma coisa: Comprem ingressos de festas na minha mão!

domingo, 27 de fevereiro de 2011

E o Oscar vai para...

Oscar virou meio que uma tradição desde que eu ganhei cartão verde pra dormir mais tarde.
Tá, aquelas cerimônias demoradas e chatas me faziam dormir na metade...

Mas de uns anos pra cá tenho visto mais filmes, construído algumas referências e lido mais sobre o assunto.

Desde 2006 tem o Bolão do Oscar, que participo, e esse ano não poderia ser diferente.
Tá, não entendo nada de Oscar, mas é divertido.

Esse ano a Academia deu uma rejuvenescida no evento, deixou uma coisa mais ágil, contemporânea.
O Oscar é mais que uma premiação; é um show que sustenta financeiramente a Academia e seus projetos durante todo o ano.
O diretor disso tudo tem a responsabilidade financeira de não fazer merda e atrair o maior número de espectadores.

A Globo, como sempre, anunciou e cortou a cerimônia em prol do BBB.
Falta de educação, ética, propaganda enganosa?

Enfim, vamos aos vencedores.



Um ano sem grandes favoritos.
A dúvida era se o grande premiado seria o filme sobre o rei, ou sobre um nerd.

Consegui ver 9 dos 10 filmes indicados ao Oscar de Melhor Filme. Claro que eu não vi o que ganhou boa parte dos prêmios. Tenho sorte?

Tinha filme sobre a menina doida que faz balé
Outro sobre boxe e drogas
Um sobre arquitetos e sonhos
E tinha um sobre um cara que era gago, mas era rei.
Tinha filme sobre um nerd que ficou rico
Um sobre o Mark Ruffalo precisando de dinheiro e se metendo em altas confusões
Outro sobre brinquedos velhos
E tinha um sobre mutilação. ou melhor: auto-mutilação
Tinha um sobre Texas e terra sem lei, com lei só pra uns
E um último sobre frio e terra sem lei, com lei só pra uns.

Claro que o gago ganhou.
Junte um rei, mais filme de época, mais fotografia cinza, mais citação sobre o holocausto e pronto. E o Oscar vai para O Discurso do Rei.

Tirando as categorias principais, eu errei quase tudo no bolão.
Não é dessa vez que serei o campeão.
Tenho que estudar e me aperfeiçoar mais sobre cinema.

p.s.: Globo, você é uma enganação, nunca duvidei.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Caixa de vidro, prédio velho, McDonald's e outras histórias

Tá, eu confesso: Eu amo BH.
Não radicalmente, porque aí já seria demais, mas amo aquele lugar como a roça grande urbanizada que é.

Com os mineiros de todas as partes, com o trânsito mortal e com suas lanchonetes fast food, salas de cinema e tudo mais que o capitalismo te esfrega na cara, como marcas de café e liquidações.

Sim, fugi de Viçosa e fui dar um pulo em BH, porque ninguém é de ferro.

Uma meta: sair do estresse da cidade pequena e enfrentar o da cidade grande.
Três objetivos: Cinema, Mc Donald's e Praça da Liberdade.

O primeiro e o segundo estão baseados na regra número 1 de ir pra cidade grande.
O terceiro eu fazia questão. Queria conhecer os prédios da Praça da Liberdade após as reformas que passaram, após a mudança da sede do governo de Minas.

O Espaço Tim UFMG do Conhecimento é uma grande caixa de vidro, entre os prédios ecléticos da praça.

Cinco andares com exposições, elevador, ar condicionado e um planetário


A exposição da vez era Demasiado Humano, que contava um pouco da Pré-História, passava pelo desenvimento da escrita e as diversas lendas para a origem do homem


Era lúdico, tinha tecnologia, tluz e cor.


Mas os dinossauros são sempre os mais legais!

No planetário um filme sobre o Sistema Solar.
Não gosto do Sistema Solar. Quando posso mudar?


Meu prédio preferido da Praça da Liberdade, a antiga Secretaria de Educação, deu lugar ao Museu das Minas e do Metal.

Passado e futuro juntos.
Após um ano de restauração, o museu abriga uma grande exposição interativa que conta a história da exploração de metais em Minas Gerais e enche os olhos, ouvidos e tato com as mais diversas percepções sobre os minerais.


Achei tudo bacana, e olha que eu odeio pedra desde a sexta série.
Sou traumatizado com museus cheios de pedra.


Desci em uma mina, ouvi Dom Pedro cheio de lamúrias, conversei com um robô, vi cenas de Xica da Silva e descobri quanto metal tem no meu corpo.

Daqui a pouco começo a ficar preso em portas giratórias.


A melhor parte do museu é ver que o prédio antigo tá ali, com suas colunas, pinturas, assoalho... Tudo muito bem restaurado e conservado.

Progredir é avançar levando junto o passado como referência (isso foi uma indireta).


Foto oficial com a anfitriã, Mônica, que me ensinou a pegar ônibus em BH.


E foto oficial em outro prédio marcante de BH.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Praça de quem?

Quando estava escrevendo minha monografia eu pesquisei um pouco sobre praças.
Não sobre praças de maneira física, apenas, mas sobre praça no sentido histórico e social.

A praça foi uma das primeiras estruturas urbanas a surgir, quase de forma natural.
Era um logradouro de reunião, de passagem, de encontro.

Lembram-se das aulas de história, da ágora grega ou do fórum romano?
É de lá que a praça atual assumiu suas principais características.

Assumiu caráter simbólico e estruturador.
As cidades começaram a crescer em volta das principais praças.
Muitas tem uma praça como o marco inicial de urbanização.

O entendimento do que é praça varia de acordo com o período histórico e com a cultura local.
Hoje a praça são largos, passeios públicos, arborizados ou não, que propiciam a convivência e o lazer.

Quanto mais praças a cidade tem, mais oportunidades de reunião é dada as pessoas daquele lugar.

Os urbanistas e políticos assumiram a praça como elemento estruturador da malha urbana, local valorizado para comércio e lugar propício a instalação de equipamentos públicos, por serem logradouros focais do espaço urbano.

No Brasil, historicamente, as praças são vinculadas as igrejas. São extensões de seus adros.
Com o surgimento de novas cidades passaram a receber os prédios públicos.
Era o símbolo do poder do Estado e da Igreja. Era o centro da vida social do lugar.


Praça Silviano Brandão 1916 - Chamada de Passeio Público

A praça, como espaço de convivência, acompanhou as mudanças da sociedade.
No princípio eram locais ajardinados, com canteiros de flores, lagos, árvores frondosas.
Remetiam as praças amplamente difundidas na europa até o século XVIII.

As prefeituras tinhas cuidados especiais pelas praças centrais de suas cidades.
Era a cara do lugar.
Local de passei no domingo.
De arrumar namorada.
De levar as crianças para brincar.
De celebrações religiosas.

Ao andar pelas cidades pequenas ainda hoje os coretos.
Ícones de uma época em que as bandas de músicas se apresentavam.
No meio da praça, no meio da cidade, havia um palco livre para apresentações musicais.

Por volta de 1945 a Praça Silviano brandão sofre sua primeira grande reforma e perde o coreto

Na nossa memória as praças ainda são lugares ajardinados destinados ao passeio, descanso e convivência.
Mais tarde surgiram as praças secas, destinadas a aglomeração de pessoas e manifestações públicas.

As antigas praças verdes são reformadas para se modernizarem, receberem mais gente.
Mais calçamento.
Talvez perde-se o coreto.
Ganha-se algum monumento.

No meio do século XX se valorizava a simplicidade, mudança dos tempos.

Apesar de todas mudanças a praça ainda era o foco. Os serviços públicos ainda se desenvolviam por ali. A igreja ainda tinha seu destaque no logradouro.

Em 1967 a praça se torna retrato da nova Viçosa, um asterisco na História

As cidades crescem.
Novas praças surgem, ou não.
O fato é que a praça principal vai perdendo seu caráter aglutinador.

Sem grandes atrativos as pessoas não vão mais a praça por lazer.
Os serviços públicos começam a deixar a área, pois crescem e os imóveis ali existentes não mais os comportam.

A praça se torna um lugar de passagem.
Perde-se a praça e ganha-se a rua.

E falando em rua, com o boom automobilístico da segunda metade do século XX, grandes pedaços das praças viram estacionamentos e vias.
Essa é uma característica observada nas cidades mais diferentes do país.

Na década de 1980 a praça foi novamente reformada, recuperou o coreto, porém nunca foi realmente assumida de volta pela população.

O centro da cidade não é mais sua praça central e sim a concentração comercial.
Às vezes confluem, as vezes não.

As igrejas não se instalam em praças mais. Os prédios públicos também não.
As praças só respiram no horário comercial.
Perdeu seu caráter bucólico.
Ganhou um pouco de insegurança.
Perdeu em estética.
Ganhou em circulação.

Não se para mais nas praças.
Não são mais símbolos da cidade.
Não são mais a principal preocupação da prefeitura.

As manifestações culturais diminuíram.
As religiosas são mais raras.

O coreto não tem mais música, tem moradores de rua.
As árvores não fazem sombra, são esconderijos.
Os monumentos não se destacam, a arquitetura não se destaca, o povo não se destaca.

A praça tem se tornado um vazio urbano.
Ela ainda exerce seu papel social?

Quando eu digo papel social me refiro ao seu caráter singular e não a exploração comercial do espaço que toma o lugar dos pedestres.
Não ao abrigo de crianças que ficam pelas ruas sem auxílio.
Não me refiro ao ponto de prostituição e ao uso de drogas.

A praça é apenas o vulto do que foi. Zumbi da cidade a procura de atenção. Ignorada.

A praça deixou de ser um lugar de aglutinação para ser um local de dispersor.
Falar que você vai à praça hoje pode não ser boa coisa.

A praça não é só o núcleo do logradouro, mas todo seu entorno: comércio, igreja, serviços, vias.
Em tempos de grandes mudanças sociais a praça deve mudar, mas com a sociedade.

Não adianta reformar o espaço se não usa-se um desfibrilador social para reanimar o coração da cidade.
Reformar por reformar é manter viva numa maca.

p.s: Qualquer semelhança com uma certa praça de Viçosa não é mera coincidência.
(Fotos: acervo Tony Mello, blog O Passado Compassado de Viçosa, o autor)

upload: lembro de quando ficava na praça depois da missa, dos meus balões de gás hélio, dos sorvetes, dos sacos de pipoca, das compras de Natal, das feiras, das Semanas Santas, da Festa de Santa Rita, das apresentações do coral, do anfiteatro do Arthur Bernardes, do coreto sem cheio de urina, do hibisco rosa, dos bancos de madeira, do lago de carpas, do palco que era rampa de skate... Sou velho? O que aconteceu nos últimos 15 anos?

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Quando curto um curta

Comparar as coisas que eu acho no Youtube com alguns vídeos do Vimeo é tipo comparar
McDonald's com Lanches Valente; um tem a fama, mas o outro me faz bem mais feliz.

Lightheaded - um curta pra movimentar o dia

p.s.: Me esforçando na pesquisa pro bolão do Oscar, que está chegando

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Perdendo a inocência sobre a cidade

Eu estava conversando com minha prima ontem sobre a compreensão que as pessoas tem da cidade e fiquei com isso na cabeça.
Fui buscar na minha cabeça o que era cidade pra mim. Claro que minha maior referência é a cidade que nasci e que vivo, Viçosa.

Desde pequeno me interesso pela cidade. Claro, com um outro ponto de vista.
Desde pequeno vivo a cidade, a minha rua o meu bairro.
Desde pequeno eu queria melhorar a minha cidade.

Sobre as casas feias eu tinha a idéia de derrubar e fazer novas.
As casa velhas derrubaria e faria prédios.
Sobre o trânsito complicado, ampliaria as ruas pra caber mais carros.
As praças, cortaria as árvores, colocaria bancos e grandes monumentos.

Com o tempo, vi que as coisas não são tão simples.
A prefeitura não é rica.
O privado é mais caro que o público.
Não há vontade política.
E a grande descoberta de todas: a cidade é viva.

Bem, é mais ou menos assim.

Quando eu era pequeno, a cidade pra mim eram as ruas, com as praças.
As cidades mais bonitas eras as com malhas ortogonais e praças secas.

Com o tempo percebi que nem sempre é assim.
O relevo não permite malhas ortogonais sempre.
Praças arborizadas tem mais gente que as de concreto.
Cada cidade é diferente.

As cidades são diferentes, porque estão em lugares diferentes, e o principal, são formadas por sociedades diferentes.

A cidade surgiu, historicamente, da aglomeração de pessoas.
Cada habitante desempenhava um papel econômico e eles se aproximaram para facilitar as trocas comerciais.
Ou seja, a cidade não nasceu de um desenho, mas sim da aproximação de pessoas.


A cidade não pode ser compreendida de maneira completa nessa escala

Pessoas diferentes, culturas diferentes, geram cidades diferentes.

As pessoas também mudam com o tempo, a cultura muda, a cidade muda.

A cidade é reflexo concreto da sociedade que nela habita.
A cidade é viva, porque ela não é um monte de asfalto, concreto, postes e sistemas de água e telefonia.
A cidade, além disso tudo, acima disso tudo, são as pessoas que nela moram, estudam, vivem e morrem, rezam, brincam, se casam, trabalham...

A cidade física é a adaptação do espaço para atender as necessidades das pessoas.

As pessoas mudam devagar, as cidade mudam devagar.
Transformações urbanas rápidas podem afastar as pessoas.
Afastando as pessoas, a cidade perde seu sentido, já que ela é um espaço de interação social.

Como interação social, a cidade deve ser compreendida na escala humana.

Com o tempo aprendi que os meus devaneios de abrir grandes avenidas, reformar praças, construir prédios... não era o melhor pra cidade.
Aquilo era uma idéia.
Não há uma idéia perfeita.

A cidade é formada por muitas pessoas, devemos ouvir então muitas pessoas?

Hoje, depois de 5 anos fazendo Arquitetura e Urbanismo ainda não sei tudo sobre cidades.
Minhas opiniões sobre o espaço urbano são técnicas.
Perderam a inocência do achismo e ganharam o embasamento teórico dos exemplos globais.
Não acho que tenho a resposta pra tudo, apenas tenho referências a serem discutidas.

Fico bravo quando alguém tem, hoje, a mesma idéia que eu já tive no passado, como a de que largas avenidas são a melhor solução para o trânsito, que praças secas deveriam ser regras e que prédios não tem aspectos negativos.

Eu deveria ter mais paciência.
Nem eu tenho maturidade suficiente pra olhar a cidade sob a escala humana.
É muito mais fácil olhar a planta urbana e fazer com ela o que eu quiser.

Retomando um ponto lá atrás.
Mudar o espaço urbano, físico, é necessário, é um processo natural.
As cidades mudam.
As cidades se adaptam.
Mas uma coisa deve ser clara, as cidades são diferentes.

Ao buscar referências para serem aplicadas, deve-se levar em consideração mais que aspectos geográficos, mas históricos, sociais e culturais.
Nem sempre a boa solução para uma metrópole é a melhor para a outra cidade.
As vezes a solução de uma cidade pequena é muito melhor, mais simples e mais barata.

Não há uma cidade perfeita.
Não há como construí-la.
Brasília, com seu exemplo de planejamento modernista, tem problemas como tantas outras metrópoles, e grandes gastos para amenizá-los.

Antes de propor grandes obras, que tal pensar a cidade numa escala mais humana.
Não pensar em um mapa sobre a mesa, mas na rua em que vive, na praça que convive, no Calçadão que você faz compras.

Ao percebermos quantas vidas são influenciadas pelo espaço a gente aprende a ter mais cuidado ao propor mudanças drásticas.

Ainda sou megalomaníaco.
Quero construir, reformar, modificar o espaço urbano, mas hoje vou com muito mais calma.
Temos de ouvir quem vive o espaço, os técnicos tem que trazer suas referências, os políticos sua prática e eu a opinião.

Discutir a cidade é discutir sobre algo vivo.
É quase fofoca.
E como fofoca pode sair do controle e prejudicar a pessoa, no caso, as pessoas, a própria cidade.

Que tal colocar a cidade em um divã antes de propor uma plástica, ou pior, um transplante?

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Aniversário

Se você me perguntar: o que você acha de fazer aniversário no último dia do mês de janeiro? Eu vou lhe dizer: já odiei isso, mas hoje nem ligo.

Quando era criança, o último dia de janeiro era sinônimo de véspera de aulas.
Ou seja: meus amigos estavam de férias e/ou se preparando pra estudar.

Era tenso fazer aniversário nas férias.

Chegou um dia que notei que fazer aniversário era sinônimo de bolo.
Não gosto de bolo.
Parei de gostar de aniversários próprios.

Aniversário é o dia de ficar velho, e fazer pequenos balanços.
Nada de grandes reflexões, se não a gente pula da ponte, mas pequenas observações sobre os últimos meses.

É hora de correr atrás do tempo perdido e arar o território.

Aniversário em família, aniversário com os amigos...
Assim fico mais velho de novo.

Não há como parar o tempo.
Que ao menos, a cada ano, eu possa olhar pra trás e ver que ganhei mais que perdi.

domingo, 30 de janeiro de 2011

"Dias na raça, noites no grau... Em janeiro meu diploma é federal" - Parte 2


Mais uma semana de formaturas.
E dessa vez poderia ser a minha.

Minha turma formando agora. Tá certo que é minoria, mas dá aquele aperto na hora que chamam o nome do seu amigo de 5 anos.
Ver fotos de viagens, festas, trabalhos...
Nostalgia.
Vontade de formar.

Depois da semana passada eu passei a semana baqueado.
Mais uma doença pro meu catálogo de hipocondria.

Aula da Saudade, pra ambas partes.

Nada de churrasco, mas uma manhã com aula da saudade.
Mãos na laje, pra ficar marcado no DAU.

Quinta é dia de missa.
Agradecer por sobreviver a UFV.

Sexta teve colação.
Começou com atraso.
Na verdade nem poderia ir, mas com uma guinada nos planos, lá fui eu ouvir os nomes e ver o pessoal subir no palco pra pegar o vale diploma.

Mais uma de muitas fotos na graduação

A colação nem estava tão cheia, nada de tumulto.
O Lula roubou a cena, mas dou o braço a torcer quando digo que o cara tem carisma.
Entre mortos e feridos, só ele saiu arranhado.

Coquetel pós formatura no DAU, faz da nossa turma especialista na arte de subverter unidades de ensino em boate.

Orientador e orientandos

Fechando a semana, o baile.
Aquela festinha com 6mil pessoas comendo e bebendo sem pensar no amanhã
Aliás, o amanhã costuma chegar muito rápido.

Baile é baile

Entre altos e baixos, dores e solução para elas, Inimigos e marchinhas...
A noite passou muito rápido.

Amigos são amigos

E a vida segue.
Um punhado de tristeza e um monte de alegria.
Vamos que vamos que um dia chega a minha vez.

domingo, 23 de janeiro de 2011

"Dias na raça, noites no grau... Em janeiro meu diploma é federal" - Parte 1

Ufa!
Formar não é fácil não. E olha que eu não estou falando dos cinco anos de estudo, e sim da semana de formatura.
Churrasco, missa, colação, coquetéis, baile... e olha que nem sou eu que estou formando.

Tá, era pra ser eu, mas isso não vem ao caso.

Formatura é festa, amigos, família e ... nem sei qual adjetivo escolher.
É final de um ciclo para alguns amigos.

Quarta foi dia de churrasco.
Quinta de missa

Sexta teve colação e comemoração


Uma forma em Contábeis


E mais uma se forma em Comunicação Social

E fechando a semana: o maior baile do país.
Nunca me canso de ir.


Pra tirar fotos tem que ser no início, porque é difícil manter a estica.


E assim se fecha uma semana, porque semana que vem tem mais.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Terceira temporada de ICMS

Acabou mais um estágio, em termos.
Mas vamos lá.

Desde que eu me meti com essa história de patrimônio, quando entrei pro estágio da prefeitura em 2009, automaticamente me envolvi com o ICMS.

O negócio é assim: Uma lei federal determina que o Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços, recolhido pelos estados, seja dividido pelos municípios. Como?
Se esse imposto fosse dividido em proporção a população de cada cidade, as cidades maiores receberiam mais...
Para isso não acontecer foi desenvolvida uma metodologia, em lei, que prevê que vá mais recursos para quem investe mais no desenvolvimento e qualidade de vida.

Dentro desse raciocínio criaram categorias: Educação, Saúde, Meio Ambiente, Turismo, Patrimônio Cultural...

Ou seja: para receber recursos vindos da parcela daquela categoria, o município tem que ter investido e estar organizado. Só assim receberá mais recursos.


No meio disso entra o Patrimônio Cultural.
O município que preserva seus bens culturais, possui Conselho de Patrimônio ativo, promove debates sociais, investe em bens tombados, valoriza a cultura local, resguarda a história e estimula a auto-estima deve prestar contas disso para o IEPHA - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico de MG - que irá pontuar cada lugar, o que será referência para a Fundação joão Pinheiro calcular as transferências do Governo Estadual no ano seguinte.

Ufa! Entendeu? É simples. Mais ou menos.

Nesse prestar contas vai muito papel.
Documentos, declarações, ofícios, atas, relatórios de atividades, dezenas de assinaturas, laudos técnicos, dossiês culturais, inventários, comprovações de investimentos em atividades e de utilização do fundo...
Muita burocracia.

Aí que eu me meti.

No início era o ICMS de Viçosa. Na segunda temporada continuei em Viçosa e veio mais oito cidades. Nessa temporada que termina foram onze.

O bacana disso é que eu conheço um monte de lugares e gente.
Percebo que pra coisas acontecerem no executivo, basta vontade.
Que sua cidade pode ser pequena e receber mais recursos que muita cidade grande...


O negócio é que a data de entrega foi dia 17/01. Papéis recolhidos durante meses, semanas sentado redigindo documentos e inventários (esse ano foram 62). Tudo que quero agora é descansar, e quem sabe esperar a quarta temporada..

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Mais vale uma camisa branca que um abadá

A internet se tornou um complemento na vida real. Um suporte, um apoio.
Encurta distâncias, facilita a comunicação, apresenta pessoas.


Quando você vai sair, falar com alguém, interagir de alguma forma, você se prepara, se deixa apresentável, constrói sua aparência.
Quando vai pra uma festa, coloca uma roupa bacana, quando vai pra aula coloca aquela roupa que te deixa mais confortável, no trabalho se apresenta de maneira adequada ao ambiente.

Onde quero chegar?
Você se veste, constrói uma aparência para interagir com um certo grupo de pessoas.
Se sua idéia for se destacar, vai buscar se vestir de maneira que se sobressaia.

Na vida virtual é por aí também.

EM um site pessoal você prepara tudo para se apresentar a um determinado público, seja ele seus amigos ou seus colegas de trabalho. Faz um visual mais formal, escreve de maneira correta e somente a mensagem que quer passar.

Se você enche seu orkut de gifs, você atrairá gente que gosta de gifs.
Se você faz um twitter para se divertir, irá atrais gente que quer se divertir.
Se monta um blog com assuntos profissionais, irá atrair gente interessada naquele assunto.

O assunto define o público, mas o que ganha é o visual.
Por mais interessante que seja ler a crônica de cultura da semana, imagina se o site do seu jornal liberasse estrelinhas, em um fundo roxo, com ursinhos?
O fundo não ia ter nada a ver com o texto. Iria confundir o público, pois dificilmente quem gosta de sites cheios de firulas são os que leem textos densos.

Onde quero chegar?
Não basta ter um papo legal, tem que se vestir de maneira adequada.
E eu falo isso pra vida virtual.

Pense em que atingir, coloque os pesos certos e atingirá quem quer.
Na vida virtual você não tem que somente se agradar, mas deixar os leitores confortáveis, atraídos, respeitados no que cabe a relação mensagem x visual.

E vale sempre lembrar uma máxima de Arquitetura: Menos é mais.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Marketing, Relacionamento e Pizzas

Essa semana me perguntei: O que aconteceu com a Artezzanato da Pizza?
Sumiu!
#Po%$a


Calma, não estou divagando.
Tá eu estou, mas vocês vão perceber onde quero chegar.

Uma coisa que eu gosto muito é publicidade, marketing e coisas afins.
Em 2010 procurei conhecer mais sobre construção de marcas.
Tudo isso teve a ver com a empresa júnior que trabalhei em 2010.

Essa coisa toda de construção de marcas é tão bacana que hoje transfiro essa percepção para um monte de coisas... até para as pessoas.

Sim, as pessoas constroem suas marcas!

Mas tá, não é isso que eu quero falar.
Eu vim aqui falar de comida.

No final de 2010 uma pizzaria fez uma super campanha de marketing.
Inovou na idéia e criuou seu diferencial para se inserir no mercado.
Ela não iria fazer pizzas comuns. Investiu em um cardápio variado de pizzas sofisticadas.
E investiu em marketing!

Contratou uma empresa local com uma ótima qualidade publicitária.
Outdoors e banners divulgavam a marca antes mesmo do lançamento do empreendimento.
Todos que receberam aquele folder circular, com cores fortes, que dava vontade de comer pizza e ver se ela era tão caprichada quanto aquela peça publicitária.

E era.
Caprichada no recheio, com embalagem bonita e até com decoração.
Era cara, mas valia a pena.
Enchia os olhos.

A pizzaria não tinha loja. Era só para entregas. Assim a campanha publicitária era essencial, afinal não havia uma vitrine. Cada peça era sua cara.
E que cara!

Não tinha site.
Para atingir o público de estudantes, que é o que mais consome na cidade, apostou nas redes sociais.
Uma semana de Twitter ativo. Recebendo e retuitando opiniões.
Criando credibilidade.
Criando vínculos.

Era um negócio que estourava.
As expectativas do dono foram superadas em quatro dias.

Até que: sumiu!

Isso mesmo.
O perfil do Twitter deixou de ser ativo.
Os outdoors perderam espaço.
Os folders pararam de ser distribuídos.
E o derradeiro...

Sumiu!
#Po%$a

É, foi um negócio temporário de alguém.
Havia a oportunidade, o investimento, a presença...
Criou-se laços, mas que não foram apertados.

Empreender não é fácil.
Entender que negócios são oportunidades, e envolvem muita gente.
Há quem produz e quem consome, mas no meio tem muita gente. Sentimentos.

Numa mega comparação, se a Coca-Cola quiser parar de fabricar seu principal refrigerante ela pode, mas vai ser um golpe enorme na população. Na minha vida.

Moral da história: Marketing cria vínculos tão grandes que você se envolve com a marca de uma maneira, que fica suscetível a receber boas propostas ou um pé na bunda.

Marketing é o que há!

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Links para lembrar os velhos tempos

Cultura Pop é o que tem de melhor nesse mundo chamado internet.
Consumo de coisas inúteis que tínhamos que esperar aparecer na TV, mas agora os tempos mudaram.
Clipes são assistidos no youtube e invenções são descobertas.
Nascem novas celebridades, com status maior que de ex-BBB.

Boa música, clipe bacana
Máquinas que são o sonho de consumo de festas de república

Tem os produtos de antigamente que as vezes voltam a serem fabricados