sábado, 31 de outubro de 2009

Saci não existe


Feliz Dia do Saci!

Porque políticos criaram em 2003 esse dia, mas na verdade só mudaram de nome, porque no fundo continua sendo Halloween.

Na dúvida: vamos ver um filme de terror e torcer pra mula sem cabeça não aparecer.

Feliz véspera de feriado.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Ônibus Lotado

Outubro acabando, ano acabando, Natal chegando, Carnaval chegando...
Alguns planejam estágio em 2010
Alguns serão desempregados em 2010
Alguns não sabem como terminar 2009

É o fim da primeira década do século XXI. Já parou pra pensar que outro dia mesmo er 2000! Medão do mundo acabar virou medão de não saber o que fazer nesse mundo.

Enfim, não pensemos no futuro, vamos ver oq eu houve essa semana.
Uma semana de estágios.
Colocar em dia coisas da Empresa Júnior, tomar decisões na Patrimônio da Prefeitura e começar no escritório. 

Pausa, respire.

A meta é terminar o semestre, mas tem tanta coisa até lá.
Tantos planos pra 2010...

O que eu mais quero é montar a árvore de Natal, só isso. Custa chegar as festas de fim de ano?

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Falando Sozinho sobre Patrimônio

Ontem foi aniversário do Domínio do Rôdy e para comemorar ele convidou uma galera pra escrever lá essa semana.
Fui na empolgação e reproduzo aqui o que lá escrevi.



Bendito dia que eu fui me meter com esse tal de Patrimônio.

Ele bate na porta da gente e não quer mais sair.

Ele fala, fala e não para enquanto a gente não entende do que ele está falando.

Parece irmão chato que enquanto não atende não para de infernizar tua vida.

 

Eu era feliz sem entender de patrimônio, agora sou feliz entendendo dele, mas é meio socialista querer levar todos para o Lado Negro da Força?

Eu só quero que você entenda que sem memória não somos nada.

 

Blá, blá, blá pras criancinhas de 6 anos que temos que aplicar Educação Patrimonial. Legal pros pré-adolescentes que acham que entenderam a mensagem. E o fim do mundo pra qualquer construtor.

 

Se você tivesse um limão você faria uma limonada? Mas e se eu te disser que com o preço de um limão você compra duas carambolas e o suco de carambola é mais caro?

Tá, me perdi.

 

O fato é que eu luto por uma causa perdida. Aquela lá do Patrimônio, lembra?

- Bacana aquele prédio antigo, diz o menino.

- Ali morou seu avô, diz o adulto.

 

Quando a gente preserva um prédio não é o prédio em si que se quer preservar, mas a memória.

Papo de doido esse de preservar a memória, mas é a verdade.

Quem somos nós sem memória?

Se agora eu tivesse uma amnésia, perdesse todas minhas referências: quem sou, onde moro, o que sei, que língua eu falo, quem são meus parentes e amigos... Esse não seria eu. A minha memória faz quem eu sou.

 

É complicado falar que os patrimônios materiais são retratos da memória. Mais que retratos, não são apenas pra se ver, eles são protegidos para se viver a memória.

 

Lá vem ele de novo com essa conversinha fiada de que devo freqüentar o museu.

Ah, quem dera se a metodologia de museu funcionasse. Não basta você ver, você tem que sentir.

 

Sentir a rua que você passa, sentir as pessoas que você conhece, sentir a história, a comida, o cheiro, as palavras.

Como se preserva uma dança, uma música, um acarajé?

Eles fazem parte da memória.

Eles são a identidade.

São números de registro não civil. Registrados na nossa alma.

 

Proteger o patrimônio não é falar: tira a mão disso ai que é tombado, é protegido.

É falar: cuida disso ai pra poder chamar seus filhos pra vir experimentar também.

 

Ridículo é dizer que se engessa uma cidade ao impedir a demolição de um imóvel.

A cidade não é um aglomerado de construções com ruas entre elas. A  cidade é um aglomerado de gente.

As construções, as ruas estão ali para servir “as gentes”.

 

A cidade é sua casa. Ela faz parte da sua vida. A padaria, o açougue, o McDonalds, a boite... Fazem parte da sua identidade.

As suas lembranças não são iguais as lembranças de seus pais, de seus amigos; são suas. São seu patrimônio.

Cabe a você preservar suas lembranças.

 

Quando você está esquecendo algo você vai lá e anota. Quando quer guardar um momento tira uma foto, grava em blueray...

Esse registro material agora são testemunhos do seu patrimônio.

 

O tal do patrimônio que bateu na minha porta veio com a conversa de proteger patrimônio coletivo.

Porque bem é verdade que brasileiro acha que público não é de todos, é de ninguém.

Mas ai se encontra o principal desafio: como convencer que a memória de um bairro, de uma cidade, a lembrança do cara que desenvolveu a cidade, trouxe progresso, a lembrança da dona Maria que cuidava dos doentes, do Tio João que contava histórias faz parte da memória pública, da memória coletiva, e como tal deve ser preservada por todos. Para todos.

 

Quem gere o coletivo é o poder público, então caberia ao poder público preservar a memória do grupo, mas nessa tentativa se esbarra em interesses privados, em leis tortas, no poder político e no lucro financeiro.

Se alguém te oferecesse uma pequena fortuna por sua caixa de fotos, pelo seu diário, pelas suas lembranças... Você ficaria tentado.

Até que ponto você resistiria a perda de suas lembranças?


Podes me falar: Foto já ta bom, pode derrubar o prédio. O vídeo daquela dança já ta bom, pode acabar com o grupo. Eu tenho aquela conversa do MSN salva não preciso mais de conversar com aquelas pessoas. Não é egoísmo nosso achar que só porque agora nos basta essas recordações não palpáveis que no futuro também bastará.

Será que não é egoísmo nosso achar que nossos filhos não precisam saber sobre o lugar em que vivem, quem construiu, quem morou, o que existia ali antes?

 

É uma história bizarra essa de proteger lembranças, mas ela é nosso patrimônio.

Nomear como Material ou Imaterial é apenas uma classificação.


Abrir um blog pra dividir as coisas da gente é uma maneira de se relacionar. Escrever sobre o que gostamos, o que nos deixa a fim, é guardar a memória e num blog é a maneira de repassa-la.

Esse blog é patrimônio do Rôdy, mas está na memória coletiva de quem o lê e só o ato binário de escrever e ser lido faz dele o que é. Se mudar algo deixa de ser o que é...

Assim que seja patrimônio de quem por aqui passou e de quem por aqui vai passar, porque acho que deve-se preservar pra isso.

sábado, 24 de outubro de 2009

4 horas - 4 estágios

Sexta-feira, depois de 1 dia de descanso.

Sim, é semana do SIC, Semana de Ir pra Casa.
Mentira, é Simpósio de Iniciação Científica. O fato é que quem tem algo pra apresentar fica na cidade, caso contrário vai dormir.

Esse é o meu caso.

Filme, sono e internet. Descobertas no youtube e uma tarde no telefone.
Mas sexta chegou.

Apesar de não ter aula, um monte de estágios.

Mandar e-mails e mexer em cartazes da Tetu.
Reunião na igreja pelo estágio terciário da Tetu.
Ir à prefeitura pegar correspondência da patrimônio e tchanrã: boas e más notícias.
Passar no escritório do estágio novo e ver como existe mundos diferentes do ICMS Cultural.

E pra terminar a noite, fui lá assistir ao evento de abertura da Secretaria de Cultura.
Estagiário bacana que vai prestigiar a chefe,

Projeto Formando Leitores foi aberto em Viçosa com a presença do escritor Afonso Romano e da Atriz Vera Holtz, lendo pemas do mesmo.

Mas o ápice da noite pra mim foi: Vera, dá pra pedir pro Luciano Huck reformar minha Belina.

Encerro por aqui essa narrativa, pois o Gato que fala dois idiomas e o caso sobre o prefeito cassado é demais para o meu coração.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Paguei língua

Disse que não ia a NicoLoco, mas paguei língua.

Uma das festas mais famosas de Viçosa, que nasceu preenchendo o vácuo deixado pela NicoLopes micareta da década de 90. 

Começou como uma festa diurna, ao ar livre.
Nos últimos dois anos tem sido dois dias de festa, um a noite e outro começando a tarde.
Sem tempo pra curar ressaca. 
Que situação.

Junto com a fama veio a fortuna. Porque nos padrões viçosenses essa é uma festa cara, mesmo sendo dois dias, tendo um com bebida liberada.

Disse que não ia. Ano passado fui, estava animado. Esse ano bateu um desânimo. Bateu uma pobreza.
Adiada duas vezes, pela gripe e pela não sei o que... as pessoas se afastaram, mas houve.

Há se houve a NicoLoco 2009.

Disse que eu não ia né. Pois bem, era o que eu também pensava.
Mas em cima da hora, na verdade pós hora eu fui.

Não há nada como ter uma fantasia no armário para emergências.

Fui apenas na noite do primeiro dia, mas foi bom.
Foi divertido.
Foi engraçado.

Esquecer da vida, esquecer de aula. Aproveitar um pouco de música retrô e pagode...
Tá, nem tudo é perfeito.
Mas foi bom.

Moral da história: Pra ser bom não tem que ser planejado meticulosamente.
Se seu computador queimar é sinal pra você tirar a bunda da cadeira e se divertir.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Ufa

Sabe quando você está cansado, meio perdido, com uma lista tão grande de coisas pra fazer que não sabe quando fazer que sua única reação é não fazer nada.

É bem isos que acontece. Preciso de férias. Tudo da certo no fim, mas até lá haja desgaste.


Por que não posso realizar tudo que quero apenas com o ensino fundamental?

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Uns filmes que eu devia aqui

Anjos e Demônios

Eu não li o livro, mas estava doido pra ver, só pela reconstituição da Cidade do Vaticano.

Robert Langdon, depois de decifrar o Código DaVinci é chamado ao Vaticano para investigar o desaparecimento de quatro cardeais. Agora ele enfrentará resistência da própria igreja enquanto corre atrás de pistas contra o tempo. Alguém ameaça a vida de milhares de pessoas e a existência da Igreja.

Numa história que mistura lugares e tradições reais a uma enredo de ficção suspense e mistério, uma corrida contra o tempo. Adoro esse tipo de filme. Teve mais de uma reviravolta e foi muito bom na minha opnião. Alguns detalhes não fecharam muito bem e beiravam ao absurdo, mas para isso que eu vi o filme. Uma boa superprodução.

Nick e Norah - Uma noite de amor e música

Uma comédia romântica diferente. Sutil, não boba.

Com gostos semelhantes e nunca se encontraram. Numa noite a paixão musical aproxima os dois. Madrugada agitada em Nova Iorque, paixão, traumas e amizade. A afinidade entre duas pessoas descoberta de modo inusitado.

Singelo, cativante, Nova Iorque a noite, que não seja violenta e glamourosa. Um caso de amor próximo ao real com o toque de emoção e ficção que lhe cabe.

sábado, 10 de outubro de 2009

Caraça, Itacolomi, Tripuí - Ti ti ti

Não, eu não sou turista. Faço Arquitetura.
E olha que dessa vez nem foi excursão por uma disciplina de Arq.

Unidades de Conservação é uma disciplina de Engenharia Florestal que a gente aprende a..., é..., fazer..., hum. Então, a gente aprende sobre Unidades de Conservação, e como parte disso a gente faz visita a alguns exemplos de tais.

Tudo muito sério, acadêmico e com total intenção de aprender.

Madrugar na quinta pra ir rumo à região central do estado. 
Primeira parada uma Reserva Particular do Patrimônio Natural - Caraça.

O lugar tem todo um charme. Encravado próximo a Serra do Espinhaço com uma vegetação que tem cara de Mata Atlântica, mas também tem cara de Cerrado, uma estrutura grande no meio do nada.

Erguido no final do século XVIII foi colégio e seminário, hoje mantém as funções religiosas e recebe visitantes que vão pela fé ou buscando fazer ecoturismo.

Uma instituição com história que esbarra em personalidades políticas e religiosas, o Arthur estudou no Caraça e Dom Pedro era chegado em dormir por lá.

Construções típicas da época e a primeira igreja NeoGótica do Brasil. Um prédio antigo reformado recentemente e o contraste da natureza com isso tudo tem seu charme. Pena que choveu.

E como choveu. Mesmo assim fomos fazer uma trilha que acabava numa cachoeira linda e ainda teve pique-pega na prainha (momento tenho 22 anos), barro, capas de chuva e gente molhada.


Um dia volto pra ficar por mais tempo e tomar o tal café da manhã em fogão de lenha.

No fim da tarde mudamos de cidade. De Santa Bárbara para Ouro Preto. Parque Estadual do Itacolomi.

Já disse que amo Ouro Preto?
Comer na Praça Tiradentes, 150 pontos. Aquele lugar, é melhor não mensurar.

Chegamos no Parque a noite e definitivamente estava escuro e molhado. Mas quem liga?

Uma fogueira e uma turma queimada, literalmente, ou quase.
Histórias, piadas, música e frio. 
Ao menos não tinha insetos. #próinseticida

Levantar cedo, tomar café num lugar urbanizado, bacaninha, olhando pra um monte de mato é ótimo. 
Eu gosto de mato, pode acreditar, mas o asfalto, tem seus pontos positivos.
Não há nada como sentar numa mesa bacana e tomar café com talheres e tal, com conforto de cidade, só que com um ar decente.

Nossa, falei como se realmente tivesse notado a diferença do ar, mas lá continua sendo bacana.

Outro momento "tenho 22 anos e brinco no parquinho" e simbora pra ouvir uma explicação sobre o Parque.

Confesso: dormi.
Nem era porque estava chato, era porque estava com sono mesmo.
Dica: se for hora de dormir, durma.

Uma exposição, um museu, um monte de fotos e uma visita a uma casa bandeirista de verdade.
Me senti na aula de Josélia. 
S2 pra Josélia.

Outra intervenção arquitetônica bacana e mais mato.
Uma trilha com mato, lama e garoa. Ao menos o final era bom: Restaurante.

Almoçar é a melhor parte de um dia que não se conta pontos.
Willian eu sei que te decepcionei, mas ignore por um dia, segunda recomeço a dieta.

E ainda não acabou, atravessamos Ouro Preto e fomos para a Estação Ecológica do Tripuí, ou algo assim.

Um ambiente protegido para preservar uma minhoquinha pré-histórica que só tem lá.
Sim eu vi a minhoquinha, que não chama minhoquinha, porque ela tem patas. Sim! Uma minhoca com patas!

Como uma minhoquinha não prende a atenção de ninguém resolveram mostrar umas cobras lá. É foi divertido por uns minutos até perceber que cobra é chato. 

Acho Google o novo Zoológico.

De volta pra Viçosa a tempo de ir pra festa.
Flashback é bacana, mas não estava no clima. Acho que viajar por dois dias cansa um pouco.

Moral da história: meu professor/pró-reitor é ótimo, a professora de ENF é gente como a gente, viagem com a turma ainda é o ápice do curso, Josélia S2², frio é melhor que calor, sempre deve-se levar outro tênis, euvejogentemortatodootempo, técnico em edificações pode ser ligado a natureza e querer ser arquiteto, sempre tem uma igreja no meio do caminho, se sujar é mais divertido que se limpar e nunca começar a emagrecer às vésperas de uma viagem.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

A esperança final

Corrida essa vida.
Quero brincar mais não.

Às vezes parece que o tempo é pouco, que precisamos de outro eu.
Estágio, faculdade, e vida social.

Essa última quase não existe.

Correndo, correndo, fiz trabalho pra terça, que não era pra terça. Li um texto sobre o Lúcio Costa super meloso. Tenho chefe nova no estágio da prefeitura! Matei mil aulas e a grande revelação: não farei prova sexta.

Posé. Eu amo meu professor de Unidades de Conservação. 
Ele me levou pra Mata do Paraíso e semana passada fomos visitar onde nasce o São Bartolomeu, o rio que abastece a cidade (foto acima). Amanhã vamos fazer tour em parques e unidades de conservação mais ou menos perto. nada é perto.

Um pontapé nas coisas de Tetu e tudo vai dar certo. Tudo tem que dar certo.

p.s.: Vontade de montar a árvore de Natal.

domingo, 4 de outubro de 2009

Aparecida doismilenove

Ah, todo mundo sabe que eu vou pra Aparecida desde pequeno. A minha mãe me levava, que culpa eu tenho. Medo de criança de colo, mas fazer o que? 23ª viagem à aquela cidade, mas acho que é melhor parar de contar.

Tive minha época empolgadíssima em viajar com a família. A época que juntava dinheiro pra comprar brinkgame. A época que eu queria comer no McDonald's. A época que eu queria passear. Hoje em dia mal tenho tempo de arrumar mala. Chego da aula e em meia hora viajar. Há alguns anos perdeu o brilho que tinha, mas continua sendo um nicho no meu ano.

Sim, eu vou pra rezar também. Ajuda sempre é bem vinda.

A cada ano que vou tem algo diferente, uma reforma, uma adaptação, uma coisa a mais pra visitar ou servir. Banheiros, lanchonetes, mirantes e um monte de coisa que deixa eu atordoado. Quem notaria a disposição dos tijolos o modo de assentar o granito, o tipo de polimento ou a maneira de se limpar.

Esse ano teve um tchan, a igreja velha estava em restauração. Eu amo coisas velhas! E quando se tem uma tv de plasma agregada, tem todo um charme especial. Passado sim, mas futuro também. E falando em futuro, até uma passada nos Estúdios da TV Aparecida fui, mas nada de olga Bongiovanni, acho que sábado não é um bom dia pra autógrafos.

Andar, rezar, passear. Um dia cansativo, gordo e engraçado. Sol, chuva, frio e calor, um monte de fotos e sorvete barato. Isso é Aparecida.