O que eu posso fazer?
Fiquei na UFV por quase seis anos, tenho muito a refletir no final.
Não sei se acontece em todos os cursos, em todas as faculdades, mas a minha turma de graduação foi especial.
Quando entramos lá em 2006 ninguém conhecia ninguém.
Fomos aos poucos descobrindo grandes amigos e afinidades.
Claro, sempre existem os grupos das pessoas mais afins entre sim, mas não existia panelinhas fechadas.
Não existia brigas internas, picuinhas. Todos interagiam com todos.
Todos eram convidados para a república de todos.
Todos poderiam sentar atrás no ônibus.
Todos dançaram a macarena e brincaram de big brother.
Todos ajudavam os outros a acabar com a salada no RU.
Minha turma tinha um relacionamento tão bom que quando procurávamos problemas, era difícil encontrar.
Nenhum motivo pra briga era suficiente pra causar separações.
Quando alguns alunos decidiram se formar em Julho, lá se foi um grupo enorme fazer o mesmo.
Acho que nunca se formou tanta gente no meio do ano como 2011.
Queríamos ficar juntos ao máximo.
Queríamos abrir escritórios de arquitetura, viajar pelo mundo, promover rallys e ser empresários da noite.
Claro, eu sobrei para formar agora.
Foi triste, sim.
Mas me deu novas oportunidades.
Pude ter visões diferentes.
Pude valorizar o que eu tive e ganhar ainda mais.
Ganhar mais amigos de diferentes anos e cursos.
Ganhar novas experiências profissionais, acadêmicas e pessoais.
Pude ir a Festa da Espuma.
Pareceu muito difícil lá atrás, mas hoje vejo que envelhecer, saber esperar, faz parte.
Não adianta correr. Todos tem seu tempo de "maturação", crescimento.
O que importa é que no final, não sei quando, temos de saber aproveitar os queijos e vinhos que deram tanto trabalho de serem produzidos.
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