sábado, 31 de dezembro de 2011

2011, meu 2011

É 2011, seu safado. Vai saindo de fininho depois de ter revirado a vida da gente.

Não vou falar que você foi o melhor ano da minha vida, porque não foi, mas também não foi dos piores não.
Pelo contrário, soube me encher de coisa boa e novidade, apesar dos sustos e dos mal feitos.

Comecei o ano com uma meta: que meus estudos dessem certo e que o resto fosse em tons pastéis. Sem emoção, sem surpresas boas e ruins. Que 2011 passasse rápido e sem dor.
Bem, não foi bem assim.

Alguns primos casaram, e teve até bebê novo na família.
Estou ficando velho e sei disso.
Mas o ano ficou marcado pela despedida de amigos.

Amigos que se formaram em janeiro, cujo a formatura foram dias incríveis de um até logo.
Amigos que saíram do país.
Amigos que se mudaram, e se mudaram de novo, deixando noites de caipixirica na memória.
Amigos que se formaram em julho e deixaram não apenas um vazio em Viçosa, mas na minha alma.
Um vazio que estamos trabalhando sobre.

Mas vamos volta ao assunto inicial.
Esse foi meu sexto ano de Arquitetura, o ano extra de UFV. O ano do resultado de 5 calculos e 4 mecânicas.
Foi o ano de colher frutos.
Frutos de ter sido reprovado tantas vezes.
Frutos de ter me ajeitado, e corrido atrás nos últimos anos, e dar conta de formar.
Esse foi o ano que eu tive que dar conta.

Dar conta de fazer Lauro, Gustavo, Délio e José Maria de uma só vez! E passar!
Ano de priorizar os estudos e fazer menos estágios (não foi bem assim).
Ano de largar a vida social de lado (também não foi bem assim).

Deixei a EJ, mas a Tetu não me deixou. Apesar de não estar na diretoria, aquilo ali fazia parte de mim, e tentei seguir no MEJ, fazendo o que eu podia.

Foi o ano do orgulho e decepção com ICMS. Patrimônio é legal, mas não quero mexer com essa área dessa maneira.

Foi o ano de voltar pro estágio da Prefeitura, que apesar de já ter ficado lá um ano, se mostrou diferente e divertido. Agora com café!

Foi o ano de arrumar um estágio extra na loja de materiais de construção pra pagar as contas.

O primeiro semestre foi tenso. Tive que conciliar 5 matérias que me exigiam tempo e estudo, com a vida social de despedida dos meus amigos que se formariam em julho.
Reciclando, reutilizando e estudando durante o estágio, me surpreendo ao pensar que consegui ir em tudo e mais um pouco. De degustação a assembleias alheias, de cervejadas a esquentas na casa de todo mundo.
Isso porque ainda tinham as festas da minha comissão!

2011 foi um ano que teve dois semestres tão diferentes um do outro.
No primeiro eu estava abarrotado de estudos e tinha toda minha aqui na cidade.
O segundo eles já não estavam mais e minha unica preocupação era o TFG.
O primeiro não tinha Leão, o segundo tinha Leão de terça a domingo.

Larguei esse blog meio de lado. Não significa que parei com minhas reflexões que não levam a lugar nenhum, mas eu estava fazendo elas sozinho.

Voltei pra academia.
Larguei a academia.

Me dediquei a tirar fotos Kello.
Viajei pouco, mas viajei com gosto. Fiz turismo até os 40min do segundo tempo.

A maior alegria do ano foi ver que eu iria formar.
A maior tristeza foi ver que eu iria formar.

Haja reflexão!

Foi um ano de guinada, mas o carro continua a rodar e não sei onde vai parar.

Não sou bom pra lembrar das coisas, mas de 2011 guardo:
O último quiz no sabor e companhia.
O orgulho de ver meus amigos entrando na formatura de janeiro.
Ano de trocar o sofá do Agra pelo sofá verde com vista pra UFV.
Muitas assembleias de comissão de formatura. Alguns barracos que ficarão pra sempre no meu coração.
Muitas despedidas.
Exaltasamba e Rita Cadilac.
Quatro cervejadas, cada uma com sua peculiaridade, e Festa da Espuma.
Minhas terdes de ócio na loja.
Minhas noites no Leão. Muitas noites no Leão.
Ser assediado pela Juliana Paes na parede.
Ir parar no Flor 1h.

Pode não parecer, por que eu passo a maior parte do tempo correndo, mas levei o ano devagar.
Deixei fluir, mesmo que com um mínimo de controle.
Talvez eu tenha cometido erros.
Pensado demais.
Previsto demais.
Controlado demais certas coisas.
Mas sou não deixar oportunidades passarem sem me deixarem algo. Ao menos algo eu tirava delas.

Não mudei como ser humano.
Mudei meu status sócio-econômico de estudante para problema social.
Não mudei meu modo de pensar.
Mudei meu modo de agir.

Que bom que 2011 não passou em branco.
Que bom que eu vivi 2011.
Que bom que meus estudos deram certo.
Que bom que o resto da minha vida deu certo.

Não foi um ano revolucionário, mas foi um ano que valeu a pena.
Valeu a pena não só pelo que aconteceu comigo, mas pelo que aconteceu com as pessoas ao meu redor.

Termino o ano feliz por meus amigos e família serem pessoas diferentes, melhores, mais experientes, afinal, pode parecer clichè, mas quem sou eu se não quem está a meu redor?

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