segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O lugar é agora



Esse blog tá deixando de ser um blog de coisas inúteis e virando um blog mimimi sobre a vida. Mas o Armazém é meu e é isso que tem pra vender no momento.


Numa troca de mensagens, com uma dose grande de inesperado, numa confluência de promoção de passagem + economia do estagiário que vos fala, fui à São Paulo.
Oficialmente: visitar amigos. Extra-oficialmente: tirar uma má impressão.

Quem não se lembra da minha desventura de abril de 2008.
Excursão com a turma de Arquitetura: Teatro Municipal, musical no Alfa, FAU-USP, Catedral da Sé e um BO.



Foi uma viagem e tanto, mas tinha visitado lugares que não fazia questão e deixado de lugares que eu queria. Tinha deixado de ir ao Shopping. Tinha fixado uma impressão que se resume numa frase: escada com cheiro de xixi.

O mais engraçado é que nesse final de semana passei pelos mesmos lugares, vi de onde vem o cheiro de xixi da escada, mas a impressão foi outra.
Uma outra SP.

Uma cidade, enorme, em que tudo fica longe.
O "logo ali" de paulistano significa: 1h de distância.

Uma cidade cheia de cheiros: desde o de esgoto do Pinheiros ao de uma lojinha de cosméticos no shopping.

Uma cidade em que o metrô parece confuso, mas se faz divertido. Onde a arquitetura se apaga no meio das informações. Onde os motoristas buzinam uns para os outros, mas acham necessário o tempo parado no trânsito para colocar os afazeres em dia.



O que faz o lugar é o ponto de vista, que muda com o tempo.
Muda quando você muda.
São os amigos, a companhia.
É o abacaxi que adoça a tarde e o café gelado em doses gigantes.

O que faz o lugar não é o espaço em si, mas o que você faz nele.
Eu fiz uma SP diferente de 2008.
Agora quero refazer outros lugares. Outras impressões.

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