A 5 anos a Nicoloco tem se tornado a festa mais tradicional.
Ser apenas uma vez por ano, no segundo semestre, regada a muita bebida e superlotada... Vem se consolidando como micareta local.
Tá, o conceito de micareta não se aplica, mas foi ela que abriu caminho pras festas com axé, abadá e bebida liberada na cidade.
Esse ano a festa foi em espaço fechado, já que o tradicional estádio está sendo demolido.
Há quem diga que eram quase 6000 pessoas naquele lugar... E eu estava lá.
Inovando, dessa vez foram dois dias de festa: na noite de sexta a Festa a Fantasia, e no sábado a tarde muito axé.
Tá, não é só axé.
Eu fui só na sexta.
Vamos começar a narrativa de minha aventura na primeira Nicoloco (tá, eu sei que demorei a ir...).
Airada, Chef and Queen
Estava marcada pra 22h, mas minha pretenção era chegar lá depois da 00h.
Fui pra casa da Racchel vestir e irmos de ônibus juntos.
No caminha da minha casa até a dela vi: 4 concentrações pré-festa, 1 briga, 1 casal se pegando e 1 ocorrencia policial com direito a giroscópido, guincho de veículo e caras querendo se pegar, sendo contidos pelos policiais...
A noite prometia.
Noivas passavam com suas garrafas de pinga, digo: buquês de noiva.
Algumas colegiais, diabinhas e mais noivas.
Depois de quase 2 horas nos arrumando, da foto e de eu ter colocado minha fantasia (cozinheiro, chef, ou ocaraquefazcomida), fomos pegar ônibus.
No curto espaço entre o apartamento e o ponto de ônibus vi: mais noivas, alguns aparelhos eletrônicos, um zorro... e uma quase briga.
Uma galera que já tava mais pra lá que pra cá vinha andando pelo meio da rua..., quando um carro acelerou pouco a frente deles, tentando se impor e passar, mas o pessoal não saiu da rua, correndo o risco de ser atropelado.
Mas o pessoal ficou irritado! O carro parou, os caras chutaram o carro todo! Achei que ia sair briga, mas ai o carro foi embora.
Quando nos aproximávamos do ponto de ônibus, vimos o carro retornando no quarteirão, o motorista descendo do carro e partindo pra cima pra tirar a limpo os amassões do carro.
Só sei que eu segui meu caminho, porque eu que não queria ser testemunha de nada.
O ponto de ônibus tava lotado. Mil travestis e afins. Metade já tava bêbada e parando todos os carros da avenida.
Pra entrar foi um empurra-empurra...
Lá dentro uma confusão. Gritaria, musicas, piadas, e a galera entrando no personagem.
Cheguei na festa lá pra 00:20h. Lotado.
O Espaço Fama era uma antiga concessionária de veículos. É grande, mas com tanta gente fica apertado. É bastante recostado com vários níveis de piso e setores, da antiga loja.
O palco estava na área aberta e as bebidas em pontos estratégicos.
Tinha cada figura. Muitos romanos, noivas, chapeuzinho vermelhos, misses, Wallys. Fantasias criativas, como caixa de fósforo, todinho... Referências pop como chupa que é de uva e Maísa, dentre outras coisas.
A fantasia vencedora foi "Caixa de Camisinhas: chupa que é de morango".
A única criativa, e grande que sobreviveu durante a festa. O cara nem deve ter aproveitado direito a festa.
Houve coisas que me matam de vergonha, mas nada que me deixasse chocado.
A banda, Bartucada, terminou quase 5:00h. Então fui embora.
Não fui à Micareta de sábado, o dia que realmente teria cara de Nicoloco, mas duas festas num fim-de-semana tão cheio é difícil.